|
Mais pessoas poderão aprender a língua russa
No final do verão, será formado o Conselho da Língua Russa junto do governo russo. Um de seus objetivos principais é a criação de uma rede de centros de ensino em 50 países, que serão filiais externas do Instituto Pushkin de Língua Russa.
Os centros, que terão o nome de Instituto Pushkin, irão surgir não só nos países da CEI e da União Europeia, mas também nos Estados Unidos, na China e no Japão, assim como nos países do Oriente Médio, incluindo a Síria e o Iraque. Nesses centros, qualquer pessoa poderá aprender a língua e conhecer a cultura e as tradições russas. Na opinião de Olga Kolenkova, do Instituto de Educação Aberta de Moscou, o projeto é muito atual:
"Nos países que não fizeram parte da URSS, existe um interesse pela língua russa, mas a cultura de seu ensino ainda é insuficiente. Eu gostaria que me entendessem corretamente: há muitas pessoas no estrangeiro que são falantes nativos espontâneos que, sem serem especialistas, são muitas vezes empregues como professores devido à falta de quadros. Os resultados obtidos não são os melhores. Seria maravilhoso se essa questão fosse coordenada de forma centralizada".
Antes, se considerava que os russos no estrangeiro eram quem demonstrava mais interesse pela língua e cultura russa, mas nos últimos 10 a 15 anos a situação se alterou, refere Ludmila Smirnova, professora de Língua Russa na Dinamarca:
"Há cada vez mais dinamarqueses comuns a começar a aprender a língua russa. São pessoas com necessidades diferentes. Alguém, por exemplo, é casado com uma mulher russa. Passados vários anos, já depois de casados, o marido dinamarquês começa a estudar a língua russa, assim como os filhos do casal. Antes, essa tendência não existia. Também a língua é estudada por pessoas ligadas à Rússia profissionalmente".
Por mais estranho que pareça, a situação do ensino da língua russa é muito mais difícil no espaço pós-soviético, afirma o diretor-geral da Fundação para as Políticas Eficazes, Kirill Tanaev:
"O problema da língua russa no espaço pós-soviético não é um problema de método, nem de ensino, mas sim um problema político. No Cazaquistão, por exemplo, a fundação Russkiy Mir enfrentou a seguinte situação: depois de ela ter proposto a edição, financiada por ela, de um novo manual, o Ministério da Educação cazaque recusou. Apesar de todos os professores de língua russa e de todas as associações estarem de acordo, o governo cazaque disse que não ensinaria as crianças por manuais editados na Rússia".
O orçamento do Conselho da Língua Russa junto do governo da Rússia até ao fim deste ano será de aproximadamente um bilião e meio de rublos (50 milhões de dólares). Os volumes de financiamento para os anos seguintes estão a ser discutidos. O Conselho irá incorporar representantes da Duma de Estado, dos ministérios da tutela, assim como de organizações científicas, culturais e empresariais.
http://portuguese.ruvr.ru/
|
|